
Quem pode se beneficiar com a Terapia Crânio-sacral Biodinâmica?
Pessoas com propósitos bem diversos chegam ao meu consultório. São portadores de dores crônicas de coluna ou crises de hérnia de disco; pessoas em ou pós tratamento de câncer para compensar os efeitos dos tratamentos químicos e/ou da radiação; adolescentes com entorses, dores por má postura ou torcicolos; recuperação pós-fratura; estresse profissional ou emocional, atletas com sobrecarrega de treinos e campeonatos; lesões esportivas crônicas (cotovelo de tenista, lesões de ombro...); mães recentes sobrecarregadas pelas demandas da gravidez, do parto e dos cuidados com o bebê; pessoas que se sentem sem energia para a vida, sem motivação ou são ansiosas; como complementação de processos terapêuticos verbais, fãs de tratamentos alternativos curiosos para entender como a TCSB funciona e, por aí vai...
Como é uma sessão de TCSB?
Geralmente, o paciente é atendido deitado confortavelmente em uma maca. Não é necessário despir-se ou usar roupas de ginástica. Primeiro, o terapeuta estabelece um estado de presença internamente e, depois, em relação ao paciente. Antes de fazer contato com o corpo do paciente, o terapeuta o convida a perceber sensações físicas ou emocionais presentes naquele momento que evocam uma experiência de bem estar. Isso cria um importante suporte para o desenrolar da sessão e dá meios ao paciente de lidar com possíveis ativações durante o tratamento. Com as mãos em contato com os pés do paciente, o terapeuta espera que os ritmos biodinâmicos se mostrem em primeiro plano e, neste momento, o paciente normalmente percebe que a agitação do dia a dia, tanto física quanto mental, dá lugar a uma sensação de unidade do corpo e relaxamento. Através do toque em diferentes partes do corpo do paciente, com um campo de percepção amplo e presença neutra, o terapeuta segue a expressão das forças que atuam no sistema naquele momento. Esta presença neutra facilita mudanças nas qualidades destas forças que, geralmente, ocorrem na direção de uma autocorreção.
Por mais que isto possa soar “mágico”, mesmo um paciente mais cético ou pouco familiar com este tipo de terapia, com o tempo, desenvolve a percepção desses movimentos e ritmos em si mesmo o que o torna testemunha de seu próprio processo de cura.
Quantas sessões são recomendadas?
Isso varia muito de acordo com a intenção da pessoa. Os mais jovens, normalmente, querem resolver seu torcicolo ou “mau jeito nas costas” e ficam satisfeitos com uma ou duas sessões. Outros, apesar de não entenderem muito bem como a TCSB funciona, se sentem movidos a continuar na terapia porque percebem que “algo” mudou, seja na sua postura, no seu comportamento ou na sua forma de estar na vida. Já outros percebem que a TCSB é um processo profundo de autoconhecimento e de transformação. Algo difícil de ser expresso em palavras, mas que se revela através da experiência de cada sessão e que é profundamente curador. Estes entendem que não há um número fixo de sessões por se tratar de um processo que se desdobra continuamente. Há também aqueles que, apesar de se sentirem bem, não veem sentido em pagar mais uma sessão “apenas” para se sentir bem, sem nenhum acontecimento espetacular. O importante é que a autonomia de decidir sobre o número de sessões seja sempre do paciente. Porém, é bom lembrar que a TCSB é um processo sutil e que, talvez, seja preciso certo número de sessões para que os efeitos desta terapia se tornem mais acessíveis à percepção do paciente.
